Coração Masoquista

Não sei amar!

Não posso tê-lo...não sei amar...

Meu corpo mora num refúgio inconsequente.

Minha frieza toma sempre meu ser...

Só amo quando existe a dor, e tento me refazer.

Suas palavras não podem ser pra mim...

Seus sentimentos não poderão ser meus.

Minha busca começa ao você me encontrar,

E quando o tenho, não desejo voltar.

Seu ideal primoroso de amor,

Sua intensidade ao ser perfeito,

Cada gesto frágil...nossa canção!

Nada...nada estará a salvo, se ficar em minha mão...

Quebrei todas as cordas do velho violão.

Perdoe-me por ser quem eu sou...

Esqueça de mim...esqueça o que sou!...

Seu corpo nescessita de amor

E minha alma alimenta-se só da dor.

Estela

18-02-10

Pura Gostosura

Beijo-te, mordisco, acarinho o peito peludo.

Me molho, me assanho, me arranho...

Tu gemes, sente o prazer que lhe dou...

Abertas as pernas, lambendo eu vou...

No perfume que nos embriaga,

Sou tua vadia, cadela masoquista

Enlouquecida com nossas brincadeiras...

Meu pé, na punheta que se faz gostoso abrigo...

Subo e desço, sinto você tremer.

Mais tarada, não dou folga,

Vou em cima de você...

Chupo, preparo o território...

Lábios molhados, lambuzados,

Xotinha depilada engole numa deliciosa cavalgada...

Rolamos na cama, na varanda, no quintal...

Somos amantes, apaixonados feito animal

Que se entregam sem medo de viver e sentir,

o puro melado que anseia por vir...pura gostosura!...

Estela

18-02-10

Dono de mim (BDSM)

Permita-me que eu te ame dono de mim,
Num amor carnal, na solidão da noite
Enquanto buscas outra em seu jardim.
Tua ausência atormenta qual açoite...

Forte em precisão, te vejo em sonho,
É onde minha poesia chora e habita,
Na saudade que por sí componho
No tremor da alma que aqui grita!...

Sei eu, a razão de tanta paixão
Ao ouvir a voz do coração, ao afagar
Meu corpo em brasas, sem o seu amor

Que aqui, acolá, dedilho minha canção,
No encontro com sol, em pleno verão
E que me vens, com a algema, pois és meu senhor!

Polí
17-02-10

Meu amor, meu senhor, humildemente me ajoelho.

Meu Amor Paulo

Uns dizem que amor de alma não existe, o que eu descordo.
Acredito sim, no amor de alma, almas gêmeas, que cruzam ao mesmo caminho e vão pelo mundo vivendo a vida. E assim foi com a gente. Nos encontramos, descobrimos afinidades e afinidades, nos demos a mão, unindo num só coração. Pois é, já se vai quase um ano que estamos juntos, que sorrimos, que curtimos, que namoramos, que pouco, muito pouco brigamos e que graças ao bom Deus nunca durmimos de mal, um com o outro. Um ano que dialogamos sobre tudo que nos cerca. Te gosto como você é, com teu jeito de ser. Adoro sua humildade, sua inteligência gigantesca, tua sabedoria. Esse cuidado que tens para comigo, mesmo quando faz suas viagens alcólicas..rs. A cada dia descubro algo novo que me prende a tí. Que tu és muito importante na minha vida, na pessoa que sou e no que está por nos vir. Enquanto que eu, se faço tudo que faço, é por te reconhecer um mim. E te agradar, te cuidar, não me custa nada, porquê é gratuito. E o melhor e mais bonito, é por puro amor.
A você tenho sempre que agradecer pela força, carinho que me demonstra.
Contigo, tenho certeza que não desperdiço meu amor.
Sim, eu te amo AMORZÃO! (é assim que o chamo as vezes.rs).
Que Deus nos abençõe sempre!
Muito obrigada por estar comigo mais uma vez nos dessabores da vida.

Estela
16-02-10

Fato Importante (15-02-10)

Domingo é um dia chato. Normalmente eu e meu amor durmimos depois do almoço até que as crianças venham nos visitar. Diferente dos dias normais, Lek@ e Mi vieram mais cedo(14:00hs).
Conversamos, demos risada...(meu filho Matheus estava trabalhando), enquanto meu Rei durmia em nosso aposento. Mi, meu genroso querido nos fez companhia. Eu sentia um aperto no coração, uma mágoa, um sentir triste sem saber qual a exata razão. Comentei com a Lek@ sobre um urubu que avistei na sacada do prédio, no ap de uma amiga minha. Minha mãe costumava dizer que esses animais são mensageiros da morte, o que me preucupou. A pessoa estava em tratamento. Não demorou muito eles resolveram ir embora, pois queriam passear. (15:30hs). Nos despedimos no portão e eu voltei ao quarto e me deitei. Não relaxava... Vieram mil coisas na cabeça, sentei no pc e abri o livro virtual que meu amo querido baixou pra mim, dando inicio a leitura de DANTE ALIGHIERI, A DIVINA COMÉDIA. Não consegui me concentrar no contexto, me sentindo mal, com pensamentos negativos, a morte me sondando comecei a chorar (16:35hs).
Estou sempre de olho no relógio pra controlar os horários do Paulo e acompanha-lo á não ficar só quando está bebendo. Foi assim que descobri quando ele nescessita estar sem minha presença.
Chorei muito, meu coração urrava no silencio do quarto, para não acordar meu amor. Eu não sabia o motivo, não enxergava nada pra me conformar com tamanha dor. Levantei-me então, fui ao banheiro, tomei um banho gelado, da cabeça aos pés. Vestida já, peguei meu terço e comecei a rezar. Pedí a DEUS que me mostrasse o motivo do meu sofrer, do meu desespero. Pedí que cuidasse do Ma, onde quer que ele fosse mais tarde. Que aliviasse aquela dor em mim. E assim fui me acalmando...Liguei pra Le pra saber onde ela estava:
-Oi mãe, estamos no Carrefour comprando doce, eu e o Mi.
Liguei pro Ma também:
-Mãe, estou trabalhando, depois iremos pra Itirapina e durmirei no Fer pra amanhã cedo terminar a pintura na casa dele.
Bom, eles estavam bem, com a voz tranquila e contentes. O problema era comigo mesmo, na minha mente maluca.
(17:30hs), Paulo levantou e fomos sentar na área e conversar, o calor estava insuportável aqui em Sanca City. Nossa rua é demais movimentada, tanto de dia, de noite e na madrugada. Morar no centro têm o lado bom e o lado ruim também. Nossa conversa foi interrompida pelo telefone que recebi de uma amiga que está no Rio, comentei com ela que acabará de passar por uma tempestade corporal que sobreviví, embora nuvens nebulosas piravam sobre meu pensar...(18:40hs). Voltando pra companhia de meu querido fiquei alí a observar a sacada, onde o urubu não se encontrava mais. Estava tudo fechado. Paulo é muito conhecido e aqui para gente toda hora pra conversar com ele. Não tínhamos condições de sair de moto ou mesmo caminhar de mãos dadas com o Bi (nosso afilhado cachorro dele), porquê ele está bebendo a alguns dias já.
Sentei então na mureta, de costas pra rua e conversando com ele.
O relógio batia 20:55 hs, quando uma voz me chamou baixo, tom choroso, por trás, na calçada:
-Estela, a Nena morreu...
Virei rapidamente, encarei ela:
-O quê??
-A Nena acabou de morrer Estela.
Dei um pulo, tremia, sentía minhas pernas bambas, sentí uma tontura, me segurei na grade e olhando pra ela:
-Meu Deus, era isso então. Entrei pra dentro de casa, enquanto ela se foi, entrando no prédio.
Com o notícia tudo se clarificou na minha mente. Era um aviso, o mal estar que me povoava horas atrás. Soube mais tarde que o horário em que eu me encontrava na sofrimento, ela, na Santa Casa estava sendo entubada, por não suportar a medicação contra a doença.
Foi buscada pelos anjos a 20: 45hs.

Estela
16-02-10

Trova Triste

Alguém me oferece carinho,

Outro me traz o espinho.

Magoando meu pobre coração,

Choro, com terço na mão...

(Estela)

Siga sózinha seu caminho

Fazendo outra oração

Encontrarás o teu ninho

Alegria no coração

(Dusept)

o amor tem várias faces

e isso é nota corrente

tem tristezas e disfarces

e alegria mais ardente

(vila)

Meu carinho e agradecimento pelas participacões dos colegas Poetas.

Estela

14-02-10

Mágoa

Saiba da minha grande dor
Ao te oferecer meu lenço,
Meu carinho, pelo dissabor
Apresentados no convencimento

Das palavras ditas com emoção,
Deparadas com sua tristeza.
Eu, que sou favorável ao perdão
Calei-me, por própria natureza

Doce, só querendo ajudar.
Porém, cada um é o que é,
Com seus erros e acertos

E, por sí, veio me torturar
Finjindo agir com sua falsa fé
Desafiando mais esse novo concerto...

Estela
14-02-10