Senhor de mim, amado meu, proprietário...
Comigo, carrego os grilhões
de submissa...
Me deleito em estar
abaixo...
Sendo a relva
em seu chão...
Prepara do dono de mim
na molhada gruta.
Enquanto guardo em minha boca
a seiva ingrata
que enche-me a cova, ora inundada
e faz de meu rosto
a Via Láctea,
escondendo na moça que se cobria
dos recatos da inocência.
E hoje mestre, cobre meu corpo
de vergonhas...
roxas manchas, dos rubros beijos
na minha pele, que enquanto sofro,
sonho...
Com teu ser ainda mais dilacerado...
enamorado...que acalma meus furores,
minha ânsia...
de me ser seu verme, sua coisa...
o mais gostoso brinquedo...
ao ser moldada, pelas mãos
de quem me faz safada.
De quem sente a paz,
com seu inferno...
Daquele me nina,
mima e me dá colo.
De quem me cuida,
me inventou, moldou
em minha alma a forma
bizarra de ser calma...
E por amor, me fez sua escrava
que carrega na alma a sua eterna crava.
Polí
21-02-10
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