Uma História de Amor (3)

Foi uma época dificil, o que me fez também parar com os estudos. Meus filhos se adaptavam a ouvir sobre tí dia a dia. Riam de me verem falar de tí com tanta doçura, o que me fez pensar mais profundamente sobre minha vida. Tinha a segurança que precisasse em caso de me machucar e principalmente ferí-los. Não me perdoaria nunca. E todos os dias conforme combinado nos falavámos. Foram tardes e tardes inesqueciveis, porque nos entendíamos só com o olhar, sem qualquer tipo de toque. E o riso denunciava nossas alegrias.
Depois de uma semana falaste meu nome sem me pedir ajuda, encantei-me ao te ouvir. Não me conhecia bem e isso me encomodava. Foi então que tive a idéia de pedir que chamasse sua tia para que eu me apresentasse, afinal nossos encontros tornaram parte dos meus dias.
Recordo que fui recebida com um sorriso por ela e assim tudo ficou mais fácil.
Passavam duas semanas quando naquela tarde me pediste em namoro, dizendo que pensava em mim, embora dizia se sentir feio. O que eu descordava. Nesse dia teu som estava baixo e quando me fizeste o pedido tirou seu óculos. Não respondí, sorrindo me despedí a rumo de casa.
A noite custou a passar, escrevi madrugada a fora, me sentindo uma adolescente que encontra seu príncipe encantado. O álcool não me impedia de estar perto assim que terminasse meu trabalho.
O sono fez presente poucas horas que o dia raiasse. Eu me sentia feliz naquela manhã de terça-feira.
Depois de um banho para relaxar, arrumei a mesa, um café, um cigarro; chegara a hora de luta.
O dia prometia algo que eu não sabia até sair do serviço...
Quando cheguei na escada te ví me olhando, acenei com a mão, você me sorriu.
Nesse dia esquecí minha carteira de cigarros em casa. Teria que sair para comprar e me encontraria contigo mais uma vez, sem querer, no bar.
O destino nos aproximava.


Estela
30-05-10