Carta ao meu Senhor bdmista (BDSM)

Pode ser que o passar do tempo eu deixe de escrever sobre a arte que me completa como poeta e como mulher. Pode ser que eu me cale, de tí nunca mais fale...Pode ser que um dia eu volte a usar tua coleira ao passear pela rua...coragem não me falta, ousadia e orgulho em me diferenciar das outras fêmas. Gosto do extremo, do sofrimento que me leva pra uma liberdade no vocábulo...das lágrimas que rolam grossas na tua presença, das cicatrizes ao apagar seu cigarro, dos beliscos que ficam, do ato de oferecer meu rabo empinado ao me possuir e me preencher...deixando um pouco da tua alma comigo...Gosto dessa estrada que alegra meu coração, quando juntos trazemos realizando pavorosas ilusões. Essas sim me fazem ter a certeza de lhe pertencer e saber-me que sou tua de alma, corpo e coração.
Pensando bem, não é tão ruim ser masoquista...Para as moralistas sou louca e dai? O silêncio quando me faltas, faz me forte. Pode ser muito mais...Mas no momento pode ser que você esteja conectado comigo nos seus pensares, enquanto eu te levarei para todos os lugares. Pode ser que é nessa podridão do mangue, onde jorro sentimentos de puro sangue que minha vida mergulhou, não mais flutuou, mancha na alma em mim ficou.

Tua Cadela
Polí
29-06-10

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